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Urso Solar

by vasco vilhena

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1.
Vi lenha deixar vida para trás Vi água arrefecida, e nada É o que sobra de mim E um perfume chamuscado Essa mão maravilhas não traz Esse pé pisa filhas, miséria É o que sobra, enfim É uma racional bactéria Faz com que as árvores não sobrem É um vírus chamado Homem Saio então da floresta polar Exclamo então o que resta fazer Mas o homem é casmurro E é ele que fica a perder Volto então para casa, meu lar Essa mão fechada é o seu fim Mas a gente nem a murro E há-de morrer assim Faz com que o gelo o ensope Para este cancro não há xarope
2.
Pele 03:02
Estás-me na pele Sabes o quão louco fico quando esticas o cordel Ignoras a que troco a nossa pele compele Estás-me na pele Mesmo sendo urso sabes que não sou cruel Dentro de concurso sabes que eu sou fiel Por muito que apeteça Arrancar-te a cabeça Com um copo do teu tinto Acalmas-me o instinto Pois estás-me na pele Mesmo sendo teu não deixas de ser meu farnel Desde o apogeu não deixo de ser teu corcel Estás-me na pele O teu chicote marca o ritmo do nosso aranzel Vicio tanto que te pedi ao papai noel Por muito que te peça A distância que não impeça O nosso amor de brandir A nossa chama de fluir Pois estás-me na pele Seja no motel que corre amor em lua de fel Com vista para Eiffel, ajoelho-me de anel Estás-me na pele Nem tinta de tattoo me traça tanto meu papel Só faltas mesmo tu para a lua-de-mel
3.
Carne 02:47
Tu E o teu corpo nu E eu Sendo só teu Um encontro E um tantra No ponto De tanta Paixão Tu E eu O teu corpo nu Bem junto ao meu Ofegante Até Toboso Elegante Bem gostoso No meio do chão Eu E tu De corpo ao léu Quebramos o tabu Nasce o cosmos Os teus espasmos Enquanto rosno Um entusiasmo Em comunhão
4.
Osso 03:54
Vem ter comigo antes que alguém me encontre Não sei bem porquê - porque não vens de uma vez Sei bem esperar, mas o tempo não é meu Estou bem escondido do mal que está à porta Mas toma cuidado Eu não sei quem nos quer mal Eu só sei que- Se gostas de mim, porque não vens dizer-mo? Não te preocupes, provavelmente eu também Gosto de ti todos as noites do ano As luas que nos olham sabem que não sei mentir - Vem ter comigo depois de tudo passar Não é preciso perderes-te na tempestade Vem de corpo nu contar-me as tuas histórias Conta-me os detalhes até eu lhes pertencer
5.
Trou Noir 07:38
6.
Tempo 05:17
O que começa sempre acaba E cada peça assim desaba Na infantil doce promessa O tempo hostil de travessa Rouba o tempo desse sempre Feliz assim para todo o fim O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não saram O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não Acaba hostil essa promessa E infantil vou de travessa Roubar o sempre a esse doce Cada tempo assim o fosse Onde começa acaba assim Que o tempo peça perdão a mim O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não saram O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não Eu sei matar o tempo, mas ele mata-me melhor a mim O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não saram O tempo escapa-me pelas mãos e as feridas não
7.
Urso Solar 04:18
Por cem acres me escondo E vou caindo redondo em vão Em cem partes me estendo E sou sem sendo o que não Só sem vendo por onde vou Fujo do som e do meu fim Pó que se ergue do chão Só que não e só que sim Com tanta face se conta por cem Títulos que se tem e o que se faz ouvir Sou um urso solar com que por puro azar Tiveste de te cruzar Mas eu deixo fugir E eu deixo andar E eu deixo sentir E eu deixo ficar E eu fico sem agir E eu fico a gritar A vida resolve sumir E eu fico a pairar Não se chega ao final com uma frase banal Não deixes de ser cruel, deixa queimar a pele Não te fiques por talvez Sou um urso qualquer sem vida sequer Deixa o sangue secar, deixa o miolo calcar E assim se mata de vez
8.
Reza a lenda que o presságio Atrasa a renda do apanágio Tolos e reis o mesmo sereis A terra treme e o mar agita O povo teme e o medo suscita Sobrevivência sem cadência O vento engana a rosa A lua traz a maré A roda gira, a roda gira Não há jeito de travar O jogo vira, o jogo vira Não há como escapar Polinia erguida e invencível Saudade sofrida e sucessível Inerente e persistente Tom firme e frio de glaciar Tom surdo de silenciar Os demais e os ademais O tento escreve em prosa Enquanto bardo perde a ré A roda gira, a roda gira Não há jeito de travar O jogo vira, o jogo vira Não há como escapar Do cubo de gelo ao naufrágio Ponta de sincelo contra o adágio Cambaleante e hesitante Quem se afoga e quem se viu Quem arde, volta chama a seu pavio Quem faz de deus acolhe adeus Cai o Carmo e a Trindade Cai o mastro e a majestade A roda gira, a roda gira Não há jeito de travar O jogo vira, o jogo vira Não há como escapar

credits

released September 14, 2018

Vasco Vilhena - Vozes, Pianos, Orgãos, Synths, Guitarras, Baixo em Floresta Polar e Último Glaciar, Drum Machines, Samples
Armando Miranda – Guitarras
Simão Lamas – Baixos
Gonçalo Machado – Baterias e Percussões
Maria Sacadura – Voz em Osso
Diogo Cunha – Vozes em Trou Noir

O Pastor – Produção, Mistura e Captação
Vasco Vilhena – Produção
Diogo Almeida – Produção em Urso Solar e Osso
Zé Miguéns – Captação
Carlos Vales – Masterização

Gravado nos estúdios Riverbox e Lemon Drops, bem como na casa do Diogo

Artwork por Zizi Ramires
Grafismo por Mariana Simões

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about

vasco vilhena Lisboa, Portugal

Vasco Vilhena nasceu na cidade e cresceu no campo. Foi à sombra de um sobreiro alentejano que descobriu que era por entre sons e harmonias que se sentia em casa. Estudou Jazz e produção musical em Lisboa, onde hoje costura canções. Depois de Urso Solar (2018), apresenta-nos agora A Poda das Nuvens (2021). ... more

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