We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

treze

by vasco vilhena

/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      €5 EUR  or more

     

  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    Capa em digipack

    Includes unlimited streaming of treze via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    ships out within 3 days
    edition of 100 
    Purchasable with gift card

      €8 EUR or more 

     

1.
Tanta vez disse que gostava de ti Quando o que queria dizer era que te amava Estas corridas com dois participantes apenas Têm ordem de chegada que não corresponde à de importância Agora que está a arrefecer, arrependo-me do que disse Vou aceitar a dúvida como uma segunda casa Se estiveres ofendida, o silêncio falará por ti O que não formos vivendo são apenas palavras ao lado Está uma grande mulher por detrás de mim Na rara vez que estou de costas para ti Toda a vez em que te encontro, temo que se encerre E que não dure para sempre Esta brisa de fim de Verão, tão melancólica como doce Traz-me à Pradaria de Alfazemas, tão deleitável quanto saudosa Na qual tive o prazer de tomar um piquenique na tua companhia E te cantei esta canção, anunciando palavras familiares Adicionando surpresas, sem estratagemas ou segundas intenções Porque o que eu realmente quero já está à minha frente Este toca-e-foge que brinco contigo Ao que gostas de chamar Fácil E eu gosto de me deixar apanhar E de me deixar tropeçar E de cair de amores por ti Esta brisa de fim de Verão, tão melancólica como doce Traz-me à Pradaria de Alfazemas, tão deleitável quanto saudosa Na qual tive o prazer de tomar um piquenique na tua companhia E te cantei esta canção, anunciando palavras familiares Adicionando surpresas, sem estratagemas ou segundas intenções Porque o que eu realmente quero já está a meu lado
2.
Hoje 03:23
Hoje Não mais amanhã Escapar-nos-á Por entre os dedos Detém-no Não o deixes escapar Por favor Meu amor Hoje Nunca mais amanhã Não o deixes fugir Não o deixes escapar Por favor Meu amor Hoje Ainda hoje Nós fugiremos Antes que alguém nos oiça Ontem Não mais hoje Não mais esperança Sim mais tristeza -Refrão- Meu amor Não me deixes só Neste trem Só comigo mesmo Espero por um hoje Indolor, melhor -Refrão-
3.
O coração cura-se pelos olhos É preciso muito sal numa vida tão sóbria São bruxos dos nossos tempos Que praticam feitiçaria alternativa A vida só tem um ponto final, Maria Bolacha. Escreve concisamente e tudo terá coesão. Errar é humano e é para isso que serve a borracha. Desde que se escrevam palavras a lápis de carvão Há merdas a mais que me separam de ti Há merdas a mais que me separam de ti nesta vida Acordo dessa dormência, sou abanado da realidade Que é tão rotineira que nos embala com lentidão. Todo o santo dia com a sua dose de introspecção. Sabe Deus o quanto o Diabo me quer ao lado -Refrão-x2 O tempo não pertence ao amor O Passado é um sonho perseguidor E o futuro acontece somente Se não controlarmos o presente. Amo-te em todas as línguas Mas agora vou-me deitar, Devo horas ao sono E é contigo que me ponho a sonhar Acalma a tua dor, meu bem Que a mim me dói se a ti também
4.
Como quem sonha de olhos abertos, Eu conquisto mares sem palpar terreno Depois afogo-me ao calha e naufrago Sem me lembrar de que com o mar não se brinca Muito menos sem braçadeiras Muito menos sem se pensar previamente Mas toda a vez esqueço de me precaver Pois há ondas e ondas E qualquer uma me pode levar Para longe de casa, onde está o bom quentinho O Garantido, o por demais esquecido e desprezado Pois o desconhecido é melhor por não se conhecer Mas tanto pior depois de se apresentar Tal como a curiosidade matou o gato A mim me naufragou numa ilha de solidão Deixando-me tanto ou mais sedento Mas esta água salgada não mata sedes Quanto mais mágoas prevalentes Eu lá vou construindo uma jangada Na esperança de conseguir apanhar uma maré Que me leve de volta para o quentinho Mas o que eu queria mesmo era amar E isso é impossível através de sonhos Tenho que acordar e ver se acontece Lá acordo e a realidade ofusca-me Meus olhos não estão habituados a tal brilho Tanta cor me prende a atenção Tanta vida me prende a emoção Só me resta levantar e caminhar Lá me ergo e me ponho a andar
5.
Um dia chegaste a meus olhos Inalei-te num só trago Envenenado, caí redondo no chão Tinha a certeza do inevitável O toque da tua mão na minha Levou-me a esta insanidade Tentava adivinhar, por becos sem saída Apanhando trapos que deixavas cair Eu lá ia tecendo o nosso cobertor de Inverno Completámos o leito assim Embalado estava no teu peito Despreocupado com o frio nos pés A falta de calor largou a intriga Tu puxavas e eu ia atrás Mas chegou o conforto e cantaste “mais não” Cuspiste-me fora dos lençóis Não me deixaste alternativa Se não murchar de hipotermia de ti
6.
Toda a gente conhece cantor de coração quebrado Não traz novidades algumas ao presente povo Não faz justiça nem se faz de jurado Seus males espanta, mas seus males colhe de novo Quando o calor queima, mas sua ausência arde mais Todo o toque mata e todo o toque corrói Sabe bem amá-la, mas magoa a indiferença Mesmo água mole em pedra dura mói Não sei se sigo em frente ou se insisto no assunto Sei lá se é para esquecer ou se há volta para dar Ignoro se é por preguiça ou se te acho o melhor de mim Sei que me magoa não te poder amar Ninguém quer saber da felicidade de terceiros Cento e três dias de sonhos e poesia Infindável tempo de disparos certeiros Impiedoso Inferno de memórias de magia Como que por déjà-vu Surgem imagens familiares Sons que até já tu Lhes puseste os ouvidos em cima Mas há algo diferente Alguém mudou os ares Que é quando surge de repente Um acorde que muda o clima Creio escrever em profecia Quando invento histórias Porque é com pontaria Que as vivo posteriormente Tenho tido a estúpida ideia De não escrever sobre glórias Em vez disso, a vida é feia E sou eu quem a ressente Por isso vem um final feliz Mas que não tem conclusão E não é nem por um triz Que não soa a desfecho Sinto que tem que acabar mal Adquire um tom sensaborão Que é de uma monotonia tal Que resolvo repetir o trecho
7.
És o meu mecenas emotivo Guardas-me palavras tocantes Atiras-me elogios ao ouvido E embalas-me como alguém dantes Trocamos maricas piropos Na esperança de sermos percebidos De que nada queremos um do outro Senão pensamentos entendidos Venham de lá esses ossos Teus desenhos encantadores Ninguém faz os teus troços Que os traduzes de tuas dores Convertemos cafés em cerveja Como alguém fez com vinho e água Numa relação de troca que não aleija Somos os ghostbusters na mágoa Mas nem tudo são misérias Pelo contrário, meu caríssimo amigo Meu coração fica de férias Quando partilho a presença contigo -Refrão- Não sei como te agradecer Portanto fiz esta canção Mas como infelizmente tem de ser Tenho que lhe dar uma conclusão
8.
Grego 03:47
Zeus conspurcou Europa Cronos devia tê-lo comido Não nos veríamos todos Gregos Governados por um Bandido Vou roubar tecido às Moiras Para costurar o meu destino Não gosto de fugir à Quimera Por isso na sombra me vacino Fiquei Sentido, Com a Sensação De me ter Morrido O Amor na Mão Não há como enganar a vida Senão tivermos linha e agulha Vou dobrar cabeças a Hydra E tecer com o que entulha Hei-de derrotar Cérberos Buscar de lá o nosso amor Perguntar a Hades se viu Onde ficou o meu calor -Refrão- Vou montar Pegaseus e voar Fugir de Hércules e do seu vigor Sentir o frio vento na cara E esquecer este desamor
9.
Estou nas minhas Sete Quintas, Com a Cabeça lá prá Lua Estou-me bem nas tintas Se a voz de quem canta de galo é tua Vou apanhar uma piela E hei-de apanhar por tabela Estou na boa, finíssimo A rir e a chorar por mais Sem noção, pensei altíssimo Em todos os meus filmes sem finais Despreocupado, caguei, andei Dizia o outro, só sei que nada sei Que venha o Diabo E escolha a Sentença Para a lua ter o rabo Ou partilhar a tua presença Esta canção de bem-estar Parece estar a funcionar (tão bem)
10.
Quem não é romântico Neste mundo, é um púdico E eu estou todo nu De que vale ser bela Quando sou anjo sem auréola E estou como tu Eu às vezes também tenho saudades de ti Mas não há volta a dar Eu não queria nada chamar a isto o fim Mas sou a única a amar Nesta valsa embalo E esqueço do que falo Seja a vida o que for Não é necessariamente mau Despedir-me desta nau Que contem teu amor Um suspiro irresoluto, Na garganta, preso, é fruto Da tua lembrança Ouvir contos do que já era Por outros olhos é bera É uma falsa esperança Tal como esta valsa O nosso amor não tinha violinos Não é que seja falsa Mas faltam passarinhos -Refrão- Talvez da próxima vez Com outros olhos me vês E nos apaixonamos de novo Mas não vou pensar nisso Se não fico mortiço E daqui não me movo Vou guardar nossas vidas Nem que todas contorcidas No meu coração Dar-te um beijo de adeus Olá aos desamores meus E uma valsa no chão Eu às vezes também tenho saudades de ti Mas não há volta a dar É pelo melhor, eu sei, Será tanto melhor, se sim, Que agora te vou guardar dentro de mim
11.
36.000 03:22
Acabei um ciclo de sono Tão cheio de doçura e ternura Embora me lembre o abandono Julgo que encontrei alguma cura Sonhei que bebi até cair E quando acordei estava no chão Será chato depois conduzir Com Ermelinda no Coração O Silêncio pode ser Uma resposta Estupidamente Gratificante Bebi bem acompanhado em sonho Mas as memórias eram fortes e redutoras Na tua companhia me envergonho E digo coisas socialmente assustadoras Jamais igualarei trinta e seis mil Havia mais qualquer coisa mas já não me lembro Agora que acordei sinto-me febril E espero que passe até Setembro Não é que o silêncio me desconforte Mas esperava que a relação progredisse E esperar não é bem o meu forte Tanto que digo merda e é uma chatice Eu luto batalhas na minha cabeça Eu vivo todo o cenário inventado Vivo tempo acelerado por menos que aqueça Pois o miolo gira descontrolado -Refrão-x2
12.
Oladeus 03:20
Convidei tua presença a meu coração Ficou mais cheio e soube a Verão Não sabia que era preciso sair alguém Para que não fosse por aí além Despedi-me de Margarida com um pingo Mas consolei-me bem contigo Não é que o teu ombro não me sirva Mas este amor já não rima nada mais Olá, adeus, olá-olá-adeus Olá, adeus, olá-adeus-adeus Olá, adeus, olá-olá-adeus Olá-adeus-adeus-olá-olá-adeus-adeus Conheci-te cedo demais nesta história Seriamos correspondentes num outro tempo Agora restas-me na minha memória Porém tenho que te deixar ir com o Vento
13.
Treze 04:36
Um mês que não há Uma sorte que não dá Uma volta ao sol que perdura E que predomina a boa ventura O que me vale São estes dias Em que não me esforço Para que me sorrias A colcheia persegue-me O quanto baste És a minha insónia O coração, já mo levaste Tudo vale a pena Se a vontade corresponder Não sei jogar ao amor, Sincero tenho que ser

credits

released January 13, 2014

Vasco Vilhena – Voz, Guitarras, Pianos, Percussões, MIDI's etc.
João Martins de Almeida – Baixo, Vozes secundárias em 36.000
Guilherme Sousa Guedes Silva – Bateria, excepto em Cobertor de Inverno
Helena Caldeira – Voz em Valsa dos Amores Despedidos
Pedro Pereira – Rhodes e Teclados em Valsa dos Amores Despedidos
Mário Miranda – FX em Impiedoso Inferno & Profecia

Gravações em Agosto de 2013, na humilde casa do Alentejo de Vasco Vilhena e em Outubro, no Estúdio Fuga.
Misturado e Masterizado por Pedro Pereira
Produzido por Pedro Pereira e Vasco Vilhena

Artwork por Vasco Vilhena e Ricardo Meneses.

license

all rights reserved

tags

about

vasco vilhena Lisboa, Portugal

Vasco Vilhena nasceu na cidade e cresceu no campo. Foi à sombra de um sobreiro alentejano que descobriu que era por entre sons e harmonias que se sentia em casa. Estudou Jazz e produção musical em Lisboa, onde hoje costura canções. Depois de Urso Solar (2018), apresenta-nos agora A Poda das Nuvens (2021). ... more

contact / help

Contact vasco vilhena

Streaming and
Download help

Redeem code

Report this album or account

If you like vasco vilhena, you may also like: